A construção da Casa da Cultura de Joinville teve início em 3 de dezembro de 1971, fruto de um convênio estabelecido entre o Plano Nacional de Cultura e a Prefeitura Municipal de Joinville. A professora Iraci Schmidlin desempenhou um papel fundamental nesse processo, viajando ao Rio de Janeiro para se reunir com a direção do Plano Federal de Cultura. O objetivo era obter informações e subsídios que pudessem ajudar na realização do projeto, que priorizava um design funcional e flexível, permitindo expansões e adaptações para atender a diversas funções culturais ao longo do tempo.

 

Após um período de espera de um ano e meio, Iraci retornou ao Rio para solicitar um reexame do projeto e novos recursos financeiros. Nesse momento, também foi feito o pedido de ajuda para iniciativas como a criação de uma Biblioteca Infantil Municipal, a instalação de salas de leitura nos bairros e a construção de um espaço voltado para a educação especial. O financiamento para a primeira etapa da construção foi finalmente aprovado em janeiro de 1972.

 

A inauguração oficial da Casa da Cultura ocorreu em 1973, marcando um momento significativo para a cidade, com a presença de diversas autoridades políticas e militares, o que ressalta a influência da Ditadura Militar na época. Desde sua inauguração, a Casa se estabeleceu como um dos maiores polos culturais do estado de Santa Catarina, oferecendo cursos em áreas como música, artes visuais, dança e teatro, e atendendo anualmente cerca de 1.500 alunos de Joinville e região.

 

Além de suas atividades educacionais, a Casa da Cultura abriga a Galeria Municipal de Arte Victor Kursancew, que foi renomeada em 2001 em homenagem ao ator Fausto Rocha Júnior. Hoje, a Casa ocupa um espaço de aproximadamente 1.650 m² e conta com 30 salas de aula, projetadas para atender às demandas específicas de cada curso. A instituição oferece mais de 2.000 vagas para alunos a partir de 6 anos, com mensalidades acessíveis e opções de bolsas de estudo.

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Além dos alunos que frequentam os cursos, a Casa da Cultura impacta indiretamente mais de 10 mil pessoas por meio de eventos culturais, como concertos, espetáculos e exposições organizados por alunos, professores e funcionários. Assim, a Casa não apenas se consolidou como um espaço de educação não formal, mas também como um ponto de encontro e intercâmbio cultural vital para a comunidade de Joinville.