O artista plástico Paulo Batista de Siqueira nasceu em 26 de Julho de 1949, em Soledade (RS), e desde criança se destacou como um ótimo desenhista. Autodidata, realizou sua primeira exposição aos 16 anos em Passo Fundo (RS), onde passou a adolescência. A partir de então, abandonou o ensino formal e se dedicou ao estudo das artes plásticas, orientado por mestres como Solano Finardi e Laura Borges, em pintura; Chico Stokinger e Dalme Rauen, na escultura. Portinari, Miró, Salvador Dalí, Van Gogh foram suas fontes inspiradoras. Participou, em 1965, da I Feira de Artes Plásticas de Porto Alegre/RS, recebendo menção honrosa. Aos 23 anos ganhou o Concurso de Carros Alegóricos na Festa da Uva, em Caxias do Sul/RS. Autodidata, apaixonado pela caricatura, escultura, cerâmica, jornalismo e decoração; dedicou-se à pintura, como dizia, “para descansar da estafante arte da escultura”. Mas, nem por isso era menos versado na arte das tintas e cores. Foi fundador do grupo CHAP e menbro do Conselho Municipal de Cultura e Assessor da Prefeitura Municipal de Chapecó na década de 1970. Mudou-se para Chapecó (SC) em 1972. Ficou conhecido pelas suas esculturas gigantes, presentes em espaços públicos, feitas preferencialmente com sucata. Sensível e criativo, buscava no ferro velho o elemento de sua criação. Deixou mais de 50 esculturas em várias cidades do sul do Brasil e na Argentina. Em 2017, foi produzido pela Margot Filmes, de Chapecó, o documentário Dom Quixote das Artes, uma homenagem ao artista que se dizia, se imaginava e se autorretratava como Dom Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes. O artista faleceu no dia 30 de julho de 1996, em Chapecó (SC).