Nasceu em 24 de março de 1949, filho do comerciante José de Oliveira Machado e da professora Elly Silveira Machado. Hamilton Machado é o segundo filho de cinco irmãos: Mari Onissi, Hamilton José, João Carlos, Flávio Henrique e Hélio Luiz. O pai de Hamilton, o Seu “Zeca”, como era conhecido, tinha uma loja de confecções e o levava com seis anos de idade. Em uma das vezes que seu pai levou a sua loja, Seu Zeca deu a Hamilton um pedaço de papelão e caneta, o que fez com que Hamilton desenhasse um caminhão abastecendo em um posto de combustível. Logo em seguida, mostrou ao pai o trabalho, fazendo com que seu Zeca reconhecesse o talento de seu filho, “e começou a incentivá-lo com palavras, dizendo a ele que deveria investir nisso”. Quando Hamilton estava na escola, não queria saber de estudar, e sim de desenhar, contrariando as professoras, pois “seus cadernos eram cheios de desenhos e pouca matéria”. Proprietário da Eldorado Propaganda, Oswaldo Jeller era amigo da família Machado, o que fez com que seu desejo de trabalhar onde pudesse usar seu talento fosse atendido, através de um pedido de seu pai para Oswaldo. Machado “começou sua carreira fazendo História em Quadrinhos onde criava seus próprios personagens” e, aos dezesseis anos, fez sua primeira exposição individual, quando saiu de casa para morar sozinho em Curitiba. Em Curitiba, montou um ateliê de pintura em um porão junto ao artista plástico Antônio Mir. Foi a partir de sua estada na capital paranaense que decidiu seguir sua carreira na área artística e “descobriu sua vocação para as artes plásticas, durante uma visita a uma exposição de pintura”. A seguir, mudou-se para o Rio de Janeiro onde morou durante dez anos com seu primo também artista plástico Juarez Machado. Na Casa da Cultura Fausto Rocha Júnior, atuou na Escola de Artes Fritz Alt como professor de desenho e pintura nas décadas de 70 e 80. Hoje, a sala 10 da Casa possui uma placa em sua homenagem, “Sala Hamilton Machado”, onde são ministradas aulas de desenho e pintura da Escola de Artes Fritz Alt. Casouse em 1979 com Christina da Silva, com a qual teve a filha Joanna da Silva Machado. Faleceu em 26 de agosto de 1992, aos 43 anos, de uma parada cardíaca. Logo depois de sua morte, a esposa Cristina e a curadora da Fundação Cultural (na época), Margrit Olsen, catalogaram grande parte das pinturas e desenhos de Hamilton, a maioria pertencentes a acervos particulares. Hoje, essas documentações e fotos encontram-se sob responsabilidade da Galeria Viktor Kursancew que, em 1993, organizou uma retrospectiva de sua obra.